quinta-feira, 30 de abril de 2015

Por: Rafael Moraes

O grupo fez sua última apresentação da peça “Enquanto isso...” nesta terça feira no teatro municipal Teotônio Vilela em Sorocaba. Esse foi o primeiro roteiro idealizado pelo grupo, já que a Cia Baco nasceu há dois anos.
Um dos fundadores do grupo Juan Medeiros, 21, comenta que a cia nasceu com a idéia de trabalhar em coletivo. “ Pensamos em criar um grupo que trabalhasse de uma forma diferente, sem ter um diretor e sim um trabalho coletivo, onde podemos criar os roteiros juntos e cada um sendo o seu próprio diretor".
Segundo Juan após meses de discussão em relação ao tema do espetáculo, no final de junho surgiu a idéia de falar do Brasil e a partir de aí a dramaturgia “Enquanto isso...” começou a ser trabalhada intensamente para a temporada de apresentações.
Para a estudante de teatro Jéssica México, 21, o desafio do espetáculo foi interpretar o personagem da mãe. “Foi difícil encenar esta personagem pois não sou mãe, então tive que observar e me inspirar na minha. A emoção desta personagem também foi um grande desafio, pois o filho está morrendo engasgado na fila do SUS e tenho que passar o sentimento de indignação e desespero para o público”.
            “A nossa inspiração foi nos debates das eleições 2014 , manifestações, copa do mundo, nas charges que foram criadas sobre estes assuntos e com fatos que já aconteceram com algum dos atores da peça , assim como a cena do SUS”, conta Jéssica.
A estudante Nathalia Leitte, 15, diz que “ o espetáculo mostra a realidade do país e faz as pessoas refletirem na influência da mídia e nos problemas que estamos enfrentando no Brasil”.

                      A estudante Nathalia Leitte foi assitir a peça por um
               passeio organizado pela  Escola Francisco Eufrásio Monteiro

Para Edilene da Silva a maneira que o grupo apresentou foi perfeito. “ Eles mostraram o que realmente a população precisa ouvir. Cada detalhe da peça foi muito bem pensada e serviu para as pessoas observarem tudo de errado que está acontecendo no país”.
A temporada teve 12 apresentações e segundo os organizadores aproximadamente 400 pessoas assistiram o espetáculo.
“Não queremos parar, queremos ir para um festival estudantil e ir para as escolas apresentar para os alunos do ensino médio. Em breve mais projetos virão por aí”, finaliza Juan Medeiros.
Para os interessados que gostariam de ter mais informações sobre a Cia Baco de teatro, pode curtir a fan page no facebook e acompanhar as novidades do grupo.




sábado, 18 de abril de 2015


 Por: Rafael Moraes

A peça “ Da aurora de um novo dia ou de um velho tempo tecido em banho maria” chega ao final da temporada. A Trupé fará as três últimas apresentações nos dias 18 , 19 e 21 no centro de Sorocaba.
A dramaturgia aborda o histórico e o fluxo de diversos lugares de Sorocaba, como o fórum velho, praça Coronel Fernando Prestes, Mosteiro, entre outros.
Segundo o diretor Carlos Doles, o espetáculo nasceu de uma linha de pesquisa que se iniciou há 2 anos atrás. “ Quando mudamos para a nova sede na Rua Nogueira Martins, nos deparamos com aquele entorno da rodoviária e das praças daquela região e as pessoas que frequentavam aqueles lugares, começamos a pesquisar sobre isso e então surgiu a vontade de criar um espetáculo que falasse sobre estes locais”.
O diretor conta que em dezembro de 2013 estreou a antiga peça “Um dia o raio caiu baixo ventre a cidade se abriu” que cumpriu temporada de 10 apresentações. “ O projeto foi muito legal, percebemos que o lugar se modificou e a gente foi modificado pelo lugar e encontramos uma possibilidade de continuar esta pesquisa”.
“Escrevemos um novo projeto para a Lei de Incentivo à Cultura de Sorocaba (Linc) com referências bibliográficas, como “Cidades invisíveis” de Ítalo Cauvino e “Odisseia” de Homero e em abril de 2014 fomos aprovados, a partir de aí a dramaturga do grupo Débora Brenga escreveu o roteiro e começamos um trabalho intensamente até o dia 22 de março de 2015 que foi a estreia da nova peça”, explica Carlos.

Cartaz da peça escrita pela dramaturga Débora Brenga
Foto: Trupé de Teatro

O ator Victor Motta, 22, integrante da Trupé diz que “os questionamentos gerados no espetáculo nos ajudam a refletir sobre questões múltiplas que a peça traz” e ainda ressalta que “as intervenções da personagem Narciza arrepiam qualquer um pois a série de reflexões que ela joga para fora em forma de texto é fantástica”.
A maior dificuldade de Victor é manter o frescor da cena levando em consideração que são 10 apresentações.“Fica difícil não cair no “automático, somente executando as marcas do espetáculo, por isso nos mantemos sempre bem aquecidos e atentos para que a cada novo dia da apresentação seja diferente e que para cada público seja único e especial”, conta ele.
A mais nova integrante do grupo Vanessa Soares, 26, fala da personagem que ela interpreta na peça. “ A Rosária é um ser especial que está em transição para outro plano e ela é a porta voz de uma memória ancestral, dos que não tem vez, dos desejos que não saciados. A minha personagem traz uma crítica social muito relevante para os dias de hoje”.
De acordo com Vanessa a Trupé está fazendo história em Sorocaba. “Estamos trazendo vida para um espaço “morto” a muito tempo, a gente trata de questões muito singelas e profundas, como a condição humana e a condição do espaço. Esses questionamentos que nos fazem refletir o nosso papel na sociedade”, ressalta a atriz.
A estudante Bianca Farias, 21, que assistiu a peça pela primeira vez, comenta que o espetáculo foi incrível, “a sonoplastia, o figurino, a expressão corporal e a entrega dos atores foi muito bem pensada e ensaiada”.
Para Bianca a maneira de ver o centro histórico da cidade mudou “ já passei várias vezes pelo centro de Sorocaba, mas assistindo a peça eu consegui enxergar cada lugar de uma forma diferente. As vezes temos tanta pressa que não prestamos atenção nos detalhes”.
“Eu fiz teatro e adoro peças ao ar livre, acho mágico poder encaixar referências da nossa cidade em uma cena e isso a Trupé fez muito bem, eu indico a qualquer cidadão, desde crianças à idosos”, finaliza Bianca.

Aos interessados em assistir as últimas apresentações do espetáculo, começa na Praça Frei Baraúna as 17h e percorre pelo centro de Sorocaba, com duração de duas horas e meia, a entrada é gratuita. Mais informações na fanpage do facebook Trupé de Teatro.

sexta-feira, 17 de abril de 2015


Confira no video abaixo um pouco mais do evento que bombou em Sorocaba.




Os blocos anteriores você pode assistir nos links:



terça-feira, 14 de abril de 2015

A vice prefeita Edith Di Giorgi conta com exclusividade ao Cultura Conecta sobre futuros eventos da Ocupação Jovem de Sorocaba, confira no video abaixo.


Segundo bloco da cobertura da Ocupação Jovem 

Para visualizar pelo celular acesse o link abaixo:

https://vimeo.com/124999703

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Por: Tatiana Spuzzillo

     A sexta edição da Ocupação Jovem de Sorocaba reuniu milhares de pessoas no Parque Carlos Alberto de Souza, no Campolim, no último dia 11. O evento contou com quatro atrações musicais sorocabanas e com a luso-brasileira Banda do Mar. A ocupação começou pela manhã e se estendeu até às 20h.
     Organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social o evento começou pela manhã e durou até a noite. Durante todo o tempo atrações divertiram a galera que passou por lá.
     Para começar com grande estilo, a Família Zion subiu ao palco às 10h da manhã levando toda a energia do rap a um público bem entusiasmado, mas ainda restrito - devido ao horário. O grupo é formado por três amigos, Luan, Yohan e Rasflow e faz seu rap com uma levada no estilo rastafara contagiante.
Família Zion no palco da 6ª ocupação jovem Sorocaba.
 Foto: Carlos Madia Produção

     Depois de uma manhã com muito som de rua foi a vez de Paula Cavalciuk habitar o palco da ocupação, durante toda sua apresentação a cantora sorocabana mostrou somente musicas autorais. O público mesmo que ainda pequeno se mostrou animado com o talento da jovem.
Apesar de uma longa carreira com os microfones, foi a primeira vez que Paula participou da Ocupação jovem.
Foto: Carlos Madia Produção

     A próxima atração programada era a banda brasileira-mexicana, Francisco El Hombre, que ficou mundialmente conhecida após o assalto que sofreu na Argentinamas um problema de saúde não permitiu que eles participassem do evento.
     Com um buraco na programação, a vice-prefeita Edith Di Giorggi comenta como resolveu este imprevisto “Não era o esperado, mas já está tudo resolvido. Nós fizemos tudo que podíamos para o público não ser prejudicado e tenho certeza que não será”.
     No horário programado para o Francisco entrou a banda, também sorocabana, Êxodo da Babilônia que estava prevista para as 16h. Conhecido na cidade e muito esperado pelo público do evento, o grupo toca e canta reggae music em bares e casas noturnas de Sorocaba. Com o auxilio de trompete, trompete de vara e charango os meninos do Êxodo dão uma pegada latina ao ritmo jamaicano.
Êxodo era, por alguns, mais esperado que a principal atração do evento, a Banda do Mar.
Foto: Carlos Madia Produção
     Cobrindo o buraco da programação e animando muito a galera, o pessoal do Leão da Vila mostrou todo o seu maracatu. O ritmo pernambucano que mistura dança e religião balançou todos que estavam no Parque Carlos Alberto de Souza.
Maracatu animou a tarde de sábado.
Foto: Carlos Madia Produção

     Já durante a noite o grupo de dança A nossa realidade fez sua apresentação no meio da galera. Com meninos e meninas no elenco e chefiado pela professora Fabiana, foram apresentados vários números de dança de rua na pista do evento.
     Só às 20h a Banda do Mar entrou aos palcos, neste instante a pista já estava cheia. A banda recém formada cantou tanto as novas músicas como as antigas que cada integrante. Os fãs de Los Hermanos e Mallu Magalhães se sentiram satisfeitos com a apresentação da banda, Henrique Araujo foi ao show na esperança de ouvir o Marcelo Camelo lembrando sua antiga banda e garante que saiu satisfeito com a apresentação. “Eu já era fã de Los Hermanos, a banda do mar apesar de similar tem alguns pontos bem diferentes. O show de hoje foi perfeito, reuniu tudo que nós fãs gostamos”.
A banda do mar é formada por Marcelo Camelo, Mallu Magalhães e Fred Ferreira.
Foto: Reprodução

     O show durou cerca de uma hora e meia e foi a última apresentação  da grade principal do evento.

De capoeira à roda de pagode

     Enquanto o palco principal estava vazio o público pôde participar de inúmeras outras atividades. Os espaços da praça foram todos ocupados com atividades, exposições, barracas de comida e de artesanatos.
     As pessoas também tinham uma área para passear, ver exposições e comer. O cardápio incluía pastel, lanches veganos e doces. Nas oficinas os assuntos eram variados: skate, empreendedorismo, lutas etc.
     Na área verde da praça, além de redes e bancos para descanso, acontecia uma ginga de capoeira da qual qualquer pessoa podia participar. Também teve roda de samba, pagode e aulas de karatês.
     Uma feira de artesanato e artes completava o evento.



sábado, 11 de abril de 2015

Confira o primeiro bloco da cobertura do evento Ocupação Jovem de Sorocaba. O evento foi sensacional !



terça-feira, 7 de abril de 2015

     Coragem para enfrentar um mundo de dor, lutas, drogas e violência. Vontade de quebrar tabus e reconstruir ideias. Força para enxergar tudo aquilo que a sociedade insiste em fechar os olhos. A prostituição é tema quase proscrito e quem mais sofre com isso é quem come com o dinheiro que ela gera.

     Valéria, Laís e Cláudia são apenas mais três entre milhares de mulheres que exploraram a venda do sexo em suas profissões, mas ao invés de quartos de “pousadas”, estas meninas utilizaram a biblioteca como local de trabalho. Estudantes da Universidade de Sorocaba, elas apostaram na prostituição como tema do trabalho de conclusão do curso de comunicação social - habilitada em jornalismo.






O produto final das universitárias é o livro “Impróprio para menores – a prostituição além do sexo”, que recebeu nota máxima na bancada da universidade.






    O livro busca mostrar o mundo do sexo vendido pelo olhar de quem mais entende disto, os profissionais da área. “Nós procuramos entender todos os lados da vida deles, os medos os sonhos e o relacionamento com a família”, explana Cláudia. E completa Laís “A ideia era mostrar a profissão de outra forma, não do modo batido de sempre e sim a real face da prostituição”.

    O livro é composto por fatos reais da vida de seis prostitutas, garotas de luxo e de rua, e de um michê. Foi todo escrito na linguagem do new journalism, A escolha do estilo do livro veio antes mesmo do tema, conta Lais “Quando nós descobrimos este estilo jornalístico começamos a encontrar um tema que ficaria legal com ele. Nós queríamos fazer algo como o ‘A sangue frio’ de Truman Capote.”





      A prostituição se une com facilidade à literatura apresentada no New Journalism.





   Foram três meses de trabalho intenso que resultaram em 100 páginas, divididas em cinco capítulos. Onde nos três primeiros são contadas as histórias individuais de três personagens: a Lívia, a Bia e o Michê.





A quarta parte embrama a história de três moças de diferentes destinos e históricos, que se combinam apenas pelo sexo. São elas: Márcia, Mel e Verônica.



O quinto capítulo revela a intimidade e experiência da mais famosa garota de programa do país, Bruna surfistinha. Já aposentada, ela esteve durante toda a entrevista ao lado do seu marido, João.



    O livro tem um enredo provocante e linguagem cativante, o que rendeu às universitárias uma crítica positiva que, então, se tornou o prefácio do livro. Laís se anima ao lembrar “Tudo que a gente tinha dúvida sobre o produto final o prefácio nos esclareceu. Quando nós vimos o que ele [o jornalista Carlos Araújo e autor dos elogios] tinha escrito sobre o livro foi a confirmação de que nós tínhamos conseguido passar tudo aquilo que queríamos”.

    O assunto também atraiu os olhares de profissionais da região que convidaram o trio para participar de eventos sobre sexualidade para apresentar a obra ao público.

    Quando questionadas sobre o objetivo do livro são unanimes "Mudar a visão de quem enxerga a prostituição como algo errado e fácil. O dinheiro vem rápido, mas de não de forma fácil" diz Valéria. "Nós mesmas mudamos muito nosso olhar e queremos que isto aconteça com todos que lerem" completa Laís.

   O livro ainda não foi publicado devido ao grande gasto que isto exige, mas as estudantes já traçaram planos em relação ao assunto, afirma Valéria, “Abriu agora a inscrição para a LINC e nós já estamos vendo os documentos que são necessários. Nós queremos muito publicar”.

    Mesmo sem formato de livraria, o livro está disponível em PDF. Os interessados devem entrar em contato pelo e-mail claudiastehh@gmail.com e solicitar um exemplar.

As fotos

Um mundo muitas vezes visto com olhos de neon se mostra, na realidade, desbotado e quase sem cor. Por isso as autoras optaram por trazer todas as imagens do livro em branco e preto.









Por: Tatiana Spuzzillo.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

A páscoa chegou e, além de muito chocolate, nós teremos um super feriado para aproveitar. Você que vai viajar é essencial fazer a revisão de seu carro antes de cair na estrada, além de estar ligado nas noticias de trânsito (a rádio é sempre uma ótima opção) e ter sempre em mãos um guia da cidade destino. Já quem não irá sair da cidade é bom ficar ligado na programação oficial da cidade.

O feriado é nacional, portanto, ocorrerão algumas mudanças no funcionamento dos serviços públicos de Sorocaba. Alguns órgãos, como a prefeitura, encerrarão as atividades na quinta, 2, e só retornarão a normalidade na terça, 7. Já a policlínica, que também folga na sexta-feira, fica o fim de semana todo em recesso e regulariza o expediente na segunda-feira, 6.


Você, que não pretende viajar e quer explorar tudo que nossa cidade tem de mais belos, confira a tabela que fizemos com os horários das instituições públicas de Sorocaba para a Páscoa.




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