domingo, 10 de maio de 2015

Por: Rafael Moraes

O grupo Rasgada Coletiva é composto por artistas e produtores que buscam alavancar a cena artística de Sorocaba e região, ocupando espaços da cidade e criando ambientes que proporcionem as apresentações, especialmente de conteúdos menos convencionais, buscando estimular a criação artística e promover obras dos artistas local.
A maioria dos trabalhos realizados é com artistas independentes, aqueles que não são bancados por grandes patrocínios e não tem oportunidades nos grandes veículos de comunicação.
Os espaços utilizados para a roda de conversas eventos e shows são: praças públicas, Sesc Sorocaba, Macs (Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba), Quilombinho, Asteroid, Espaço Coletivo Cê, Mavs Bar, La Paz , Sound , a sede na Vila João, entre outros.
       Segundo um dos integrantes do grupo, Rafael Ferraz ,28,  na organização do Rasgada não existe hierarquia ou divisão rígida do trabalho. “As decisões são tomadas em grupo, assim como as tarefas. Quando tem ganho material são divididos da forma mais justa possível e tudo é discutido por todos”.

          O grupo
O Rasgada Coletiva existe há cinco anos e passou por vários momentos em sua história. Nos últimos anos o grupo era formado de oito a doze integrantes, atualmente o grupo conta com três integrantes.
“ Hoje somos em três, com um de nós cuidando mais da parte da produção audiovisual, mas boa parte do pessoal que saiu está envolvida em novos projetos e espeços relacionados a arte autoral em Sorocaba”, explica Rafael.
De acordo com os integrantes, nos três primeiros anos do grupo praticamente tudo foi feito sem nenhum patrocínio. “Tivemos a colaboração dos integrantes e parceiros, que abriram a própria casa para os eventos, doaram equipamentos e o mais importante, muito tempo e trabalho”.
“Fomos conhecendo pessoas e grupos que hoje são parceiros muito legais, como o Sesc Sorocaba e o Macs, que compreendem o nosso trabalho e realizam os eventos junto ao Rasgada. Já recebemos também apoio municipal e federal, mas não são estes os principais viabilizadores que o grupo já fez”, conta Rafael.
                  
 Eventos
O grupo voltou a realizar o tradicional encontro de artes independente Carne de Segunda. O próximo será no dia 11 de maio, no Chalé Francês e no gramado ao redor, em parceria com o Macs. Terá show de Terno Rei, Exposições de Malusco e Marcão Vida de Papel, exibição de curtas de animação produzidos pelo INCUB 2014 e pelo NUPA.


                     Foto: Reprodução
Divulgação do evento que será
 realizado pelo Rasgada Coletiva

No dia 29 de maio acontecerá a 10ª edição do ExperimentaSom em parceria com o Sesc Sorocaba, este evento está voltado à música experimental e seu cruzamento com outras artes, como dança e artes visuais. Nesta edição se apresentam as bandas Kubata e Porto. Os dois eventos com entrada gratuita.
Para mais informações sobre o Rasgada Coletiva e os eventos, podem curtir a fanpage do grupo no facebook.


Por: Rafael Moraes

A exposição “Mães e Familias” realizada pelo fotógrafo Vand Rodriguez e pelo colunista social Paulinho Godoi termina hoje no Shopping Iguatemi de Sorocaba (10) as 22h. A mostra do ensaio realizado com famílias de Sorocaba atraiu aproximadamente 30 mil pessoas segundo a organização.
O fotógrafo Vand Rodriguez, 37, diz que o objetivo da exposição é fazer com que os jovens possam observar e apreciar o principal valor da vida. “Estamos trazendo uma forma de educação visual, que é valorizar e resgatar a importância  da família, em especial as mães, com fotos de família tradicionais e o novo conceito de família do século XXI, composta por um número menor de pessoas”.
As famílias escolhidas para o ensaio foram as tradicionais “grandes” e famílias atuais “pequenas” (ex: famílias sem pai ou pais separados). O critério utilizado foi de convidar famílias conhecidas da cidade.
Em comemoração ao dia das mães, as imagens da mostra são em formato sépia retratando as mães de cada família como rainha, sentada em uma poltrona central.

                                             Foto: Rafael Moraes
 Mãe e filha prestegiam a exposição Mães e Filhos

As expectativas do fotógrafo foram superadas, ele fala que se sente grato pelo carinho recebido pela imprensa e por quem conferiu as fotos.
“O dia das mães é uma data muito importante para mim, pois nesse dia há 19 anos atrás perdi minha mãe Lídia Antunes e com certeza fotografando as mães de nossa cidade foi uma forma de homenagear ela”, conta Vand.
A auxiliar administrativa Edila De Vecchio, 35, diz que “a exposição foi muito interessante pois a ideia de homenagear as mães foi bem pensada já que elas são nossas rainhas e fazem de tudo pelos filhos”.
Com o sucesso da exposição, Vand quer tornar tradicional o evento e escolher cada ano famílias diferentes e ainda adianta que esta com muitos projetos e que em setembro terá novidades.
A exposição está localizada na ala norte do shopping e pode ser visitada das 10h às 22h.
  
                                             Foto: Rafael Moraes
A exposição é visitada por pessoas de todas as idades

 Para quem se interessar no trabalho do fotógrafo e quiser saber mais pode acompanhar pelo sitewww.vmodelagency.com.

sábado, 9 de maio de 2015

Por Tatiana Spuzzillo



     Entre batidas, beats e remix, o sorocabano Joaquim Morais – que prefere ser chamado de Kim – chegou à porção norte do continente americano sem nunca ter saído da cadeira de seu quarto. O jovem, de 20 anos, usa como passaporte um teclado e seu visto é a paixão pela música.

   O mercado das produções independentes (isto é, músicas feitas e produzidas sem ajuda de gravadoras profissionais) vem se mostrando cada vez mais forte, principalmente nas gravações dos ritmos de rua (RAP, HIP HOP e FUNK) que ainda são vistos, equivocadamente, com maus olhos pelos grandes estúdios.

     Kim "brinca" com os beats de rap e hip hop, montando os arranjos que harmonizam letras de MC's. Fazendo uma junção de efeitos sonoros através de um teclado especial ele cria a batida de uma música inteira, depois disponibiliza os áudios na internet e espera ser contatado.

     O garoto conta que começou a mexer com o teclado por brincadeira, mas logo viu que podia ser algo maior, “eu comecei sem pretensão alguma, mas mais tarde percebi que poderia ganhar algo em troca do meu trabalho. Foi então que comecei a publicá-lo em redes sociais e sites específicos de venda de músicas”.

Uma das músicas de Kim que foi utilizada pelo Cabes MC 


      Este hobbie já é antigo na vida do sorocabano, a venda das canções é que é algo recente para ele e que vem dando certo. Kim comercializa seu produto faz apenas um ano, mas já pode se orgulhar de ter músicas de seu repertório tocando no mercado estrangeiro – mais precisamente no México. Além, é claro, de alguns artistas nacionais que também já foram fregueses. “Ainda são poucos os artistas do Brasil, o (rapper mexicano) Omyr Diamante é, até agora, o maior consumidor de minhas músicas”.

    Omyr é mexicano e escreve RAPs lá em seu país. Ele encontrou o trabalho do sorocabano em um grupo no Facebook, gostou e entrou em contato com o Kim pela própria rede social. “Ele ouviu uma, achou legal e comprou, depois aconteceu com outra e outra e outras” Conta Kim com um sorriso no rosto.

Omyr Diamante - Triangulo de las bermudas (prod. ZaiabeatS)



      Ainda tímido ao falar de seu próprio trabalho, Kim ficou sem jeito quando – indiscretamente – foi questionado sobre preços, “Não tenho um valor fixo. Cada som, cada trabalho eu sugiro um valor. Já vendi de R$ 50,00 até R$ 100,00”. A fabricação de beats ainda não é a fonte de renda de Kim, mas já lhe rende alguma “grana” (sic).

      Como qualquer artista profissional, Kim tem suas inspirações e referências na hora de criar. Fã do RAP do início dos anos 2000, ele prefere os grupos como SubSolo e Quinto Andar para ajudar na sua produção, conta "Ouço muita gente, mas os raps antigos são meus preferidos. Em destaque estes dois que são os que mais me inspiram na hora que to sentado fazendo som".

     A última parceria do sorocabano com o mexicano resultou em uma canção com um clipe oficial que foi divulgado no último mês .



      O trabalho de Joaquim pode ser visto tanto no canal ZaiabeatS, no Youtube, quanto em seu perfil do Sound Cloud (ZaiabeatS), e também no perfil pessoal do ritmista.

      O canal do rapper Omyr Diamante também contém algumas parcerias deles e outros trabalhos do mexicano.

A música de rua e os estúdios independentes

     A música de rua (ou do gueto) é talvez a maior “freguesia” das produções independentes. Até por conta de sua ideologia, o som feito nas vielas não é o principal alvo das grandes gravadoras, o que obriga os cantores a produzir suas próprias músicas ou firmar parcerias com DJs do mesmo 'ramo'.

    A ascensão do rap na rádio da galera na última década possibilitou que alguns profissionais independentes criassem seus próprios estúdios, que é o caso do paulistano Emicida, que fez o começo de sua carreira de forma autônoma, divulgando seu trabalho através de eventos como a rinha de MC's e hoje é proprietário do LabFantasma, um estúdio de produção de músicas em SP que aposta em artistas independentes.

     Outro caso famoso é o do artista Criolo que há mais de 10 anos produz um som independente e hoje é considerado não só um rapper de boa qualidade, mas também uma das maiores revelações da “nova MPB”. Recebendo elogios até da crítica internacional.
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